domingo, 1 de junho de 2014

ariadne - líria porto



ariadne

teu verso é potro indomado
a galopar pela pradaria

vez por outra
bebe água alimenta-se
segue o vento até o horizonte

meu verso é grilo
saltita do chão à parede
aos vasos de folhagem
não ultrapassa o compasso
do círculo do circo
da teia de aranha

teu verso é cabo de aço

o meu
fim de linha

*líria porto

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